O que é a Hipnoterapia?

A hipnoterapia é a terapia através da hipnose. A hipnose é uma ferramenta terapêutica que inclui uma variedade de exercícios que podem ser feitos, sendo o mais conhecido a regressão. Mas a hipnose não serve só para regredir a uma dada altura e relembrar o que lá se passou, a hipnose ajuda a acedermos a estados emocionais que nos marcaram, fundamentalmente, e serve também para fazer a reprogramação consciente de crenças e padrões comportamentais.

A hipnose ajuda a processar aspetos inconscientes até então, que são trazidos à consciência durante a recolha e análise de informação que é feita antes do exercício, e não durante o exercício, como muitos pensam. O tipo de hipnose que utilizo é a hipnose naturalista, ou ativa, que funciona como uma conversa de olhos fechados. Semelhante a uma meditação guiada, vou dando sugestões e construindo um exercício personalizado com o que surge em termos das visualizações, sensações e emoções experienciadas, daí ser um exercício interativo em que a pessoa que está em consulta está sempre consciente e respondendo ao longo de todo o processo.

No meu trabalho utilizo a hipnose principalmente para fazer o ensino de estratégias de regulação emocional, como a redução da ansiedade e pânico, bem como para fazer o trabalho da criança interior e suas feridas (visitar situações marcantes e interagir com essas emoções cristalizadas para poder haver uma transformação e superação dessas dores, num processo chamado de reparentificação da criança interior).

Não será usada a hipnose em todas as sessões ou processos, pois acima de tudo, a minha linha de trabalho está baseada em processos de análise e exploração das causas, sentidos e significados atribuídos ao problema que é trazido, sendo, por vezes, apenas necessário essa análise e sugestões comportamentais (mudança de comportamento) ou então sugestões cognitivas (como responder a pensamentos automáticos negativos).

O que são as Constelações Familiares?

É um trabalho individual (da forma que uso as constelações, pois também pode ser feito em grupo) que visa olhar para o seu posicionamento atual e aquele que seria desejável, num movimento para a vida, para a evolução e crescimento, largando as dinâmicas de lealdade e amor cego, que ferem e que nos prendem a padrões antigos e limitadores.

As constelações permitem a superação da necessidade de obediência e aprovação, libertando-nos da culpa de não corresponder, o que nos devolve o direito de sermos quem quisermos e estabelecermos limites saudáveis relativamente aos outros, distanciando-nos da necessidade de agradar e salvar os outros dos seus destinos de dor e sofrimento. Faço este trabalho através de exercícios de visualização e com o uso de papéis.

Tal como na hipnose, não faço uma consulta formal de constelações. Ou seja, não é mais uma terapia que faço, mas sim uma abordagem que uso nas minhas sessões, de forma individual. Uso esta abordagem, essencialmente, para facultar processos de análise e de aumento de consciência acerca do posicionamento atual que a pessoa ocupa, bem como o movimento que seria mais libertador relacionado com aquela situação que faz com que venha à consulta.

São exploradas as lealdades inconscientes que trazem o sentimento de culpa, a necessidade de obediência e aprovação, bem como o medo de falhar, desobedecer e ser excluído(a) (deixar de pertencer). No fundo, trabalhamos “as meninas e os meninos bonitos”, os(as) perfeccionistas, o medo de fazer diferente e a culpa de não corresponder às expectativas que tanto aprisiona como faz desenvolver depressão, ansiedade e pânico.

Essencialmente, vejo as constelações como um caminho de entendimento e de reposicionamento nas várias dinâmicas que a pessoa ocupa, ajudando-a a lidar com esse sentimento limitante que é a culpa, assumindo a autoridade na sua própria vida, escolhas e relacionamentos, bem como desenvolvendo um comportamento mais assertivo perante os outros, sejam eles quem forem.